Não tem outro jeito de começar esse post, se não com um TEM CLIFFHANGER. Eu odeio cliffhanger e gosto de saber quando isso acontece.

Dito isso, a capa me fez esperar um livro musical e, dentro dos padrões de livros envolvendo a temática, ele até que me entregou mais do que a média. É um romance YA e esse não é dos meus gêneros favoritos, mas foi justamente por isso que eu quis lê-lo, sair da minha zona de conforto – um pouco – e acabei pegando um... drama! Hahaha

Os dois personagens são bem ferrados!
A vida deles não é fácil e, enquanto é nítido quem tem uma vida pior, também é fácil se deixar levar pela superfície. Foram poucas as vezes que eu senti que dois personagens eram tão autodestrutivos e que precisavam tanto um do outro quanto aconteceu nesse livro.

Um dos principais pontos negativos, pra mim, foi o fato de a autora ter inserido um interesse compartilhado entre o casal que, do lado dele, foi completamente ignorado. Eu entendo que o foco maior era na Maddison, mas isso não significava ter negligenciado esse aspecto sobre o Kingsley, ainda mais algo que voltaria no final e seria plot do próximo livro. Eu terminei o livro esperando mais dele.
Maior que isso, só algumas atitudes dos dois. Um dos temas tratados é tópico sensível pra mim por ter uma visão muito forte sobre ele e teve uma cena que eu quis tacar o Kindle longe, agarrar a mocinha e sacudir muito até ela perceber a burrice que tava fazendo.
Argh, eu senti muita raiva lendo a segunda metade desse livro!
É um romance intenso, dramático no melhor sentido, sentimental, tem imaturidade e inconsequência adolescente, mas também uma linda história de amor.

É o livro de estreia da Samantha Armstrong, então considero o saldo bem positivo e uma surpresa. Quero muito ler o segundo e observar – oremos! – a evolução dela enquanto autora e dos personagens no seguimento do enredo.

Se você leu “Em Pedaços”, sabe quem é Ethan Price e o final dessa história. Mas aqui temos o início dela, todos os desdobramentos sentimentais dele como mocinho e vamos descobrir quem é Stephanie. Novamente, temos o clichê revisitado, dessa vez em forma de projeto da optativa de verão focada em Roteiro na faculdade. A gente já viu esse plot – e váaaaaarios parecidos – em... sim, filmes: a garota nerd que se esconde em suas roupas e o visivelmente filhinho de papai que se esbarram e em algum momento ela se transforma radicalmente pra se encaixar num tipo de padrão de beleza e comportamental.

E também sabemos o que acontece: o cara se apaixona não pela imagem da garota perfeita, mas por quem que ela se mostra nos momentos mais íntimos e descontraídos, fora dessa representação de algo perfeito.
A carga emocional não é menos densa aqui, mas talvez tenha um peso diferente no enredo, os personagens tiveram muito a mostrar e eu me senti muito mais conectada à Stephanie do que com a Olivia no livro anterior, gostei mais dela e também deu pra entender o porquê de a Liv não ter superado de cara o Ethan. Posso dizer que queria na minha vida?
Os elementos do new adult, os protagonistas não serem o que aparentam de início e as complicações que vão aproximando os dois foram muito bem colocados alternando os pontos de vista e a escrita mais leve da Lauren Layne orna com tudo isso. E a química entre eles? É latente!

Eu ter curtido “Em Pedaços” foi uma surpresa, mas ter amado “Como num filme” foi a constatação de que a autora tem muito o que me mostrar ainda.

Ainda não tive todas as minhas dúvidas sanadas em relação ao enredo Olivia + Ethan + Michael, longe disso, então espero, de verdade, que a Paralela publique o terceiro livro e que tenhamos a oportunidade de entendê-lo também.

 5 ⭐