Penelope Douglas está entre as autoras que li antes de serem publicadas no Brasil, mas por algum motivo acabei deixando de lado. Vida de leitor, né?Eu não acho essa a mais bonita das capas, mas a Mi, do @pick_book, fez tanta propaganda dele que eu quis ler no segundo em que bati o olho na sinopse e, meu Deus, que livro foi esse?
A escrita da autora é sempre envolvente, porém sentia falta de adolescentes maduros em suas histórias. Era difÃcil me identificar com os mimimis e isso muda em Birthday Girl.
Jordan é mais adulta e responsável que muita mulher mais velha que eu conheço e, por isso, dei crédito a ela. Mas foi fundamental pro meu envolvimento acontecer ver o lado do Pike, conhecê-lo e perceber que, além de maduro, ele era carinhoso, cuidadoso e compatÃvel com a Jordan em mais de um aspecto. Eu até fingi não ver alguns pensamentos machistas dele.
A construção foi bela. Vamos da atração que os pegou de cara e precisou ser contida à amizade que veio depois e foi crescendo e se fundindo quando o que sentiam se intensificou e despertou dúvidas que pesavam na situação delicada que se encontravam. Foi doce vê-los se apaixonando e finalmente cedendo.
O responsável por eu não favoritar o livro foi a diferença de idade.
É complicado. Vinte anos é MUITA coisa, principalmente quando se tem 19 anos e o histórico de relacionamento da Jordan. Não há nenhum indicativo de abuso vindo da parte do Pike, o desenvolvimento deixa isso bem claro, mas ainda assim a ficção dá margem pra toda essa questão das meninas amadurecerem mais cedo e estarem prontas pra um relacionamento com um cara mais velho quando, na maioria das vezes, ela não tá.
No entanto, o caso aqui foi bem fechado em seus apontamentos e no plot proposto, mais profundo que imaginei e feito com cuidado. Me pegou pelo lado emocional da vida da Jordan e pelas impressões que tive do Pike, em certos momentos a idade nem foi uma questão e acho que era exatamente isso que Penelope queria.
É um romance tabu, mas indico pra quem procura uma linda história de amor.
5⭐