Resenha | Ryan's Bed — Tijan

fevereiro 06, 2018


O assunto de hoje é seríssimo.

Ryan's Bed, livro novo da Tijan aborda uma temática que foi muito comentada no ano passado com 13 Reasons Why, mas que precisa estar sempre em voga. O suicídio.

Vamos de sinopse:

I crawled into Ryan Jensen’s bed that first night by accident.

I barely knew him. I thought it was his sister’s bed—her room. It took seconds to realize my error, and I should've left...
I didn’t. I didn’t jump out. I didn’t get embarrassed.
I relaxed.
And that night, in that moment, it was the only thing I craved.

I asked to stay. He let me, and I slept.

The truth? I never wanted to leave his bed. If I could've stayed forever, I would have.
He became my sanctuary.

Because—four hours earlier—my twin sister killed herself.




{CONTÉM SPOILERS}

Apesar de não ser uma prática comum na hora de escolher uma leitura, dessa vez a sinopse foi a responsável por chamar a minha atenção para Ryan’s Bed. E a lindeza de capa, é claro.

Como um YMA, o livro se passa no Ensino Médio e traz uma grande carga emocional desde o início, quando somos apresentados à protagonista, Mackenzie.
Eu não devorei esse livro. O texto é fluído, mas eu precisei de um respiro devido à intensidade dele.

Eu não soube como categorizar a Mackenzie até chegar à última página.
Daí tudo fez sentido ao ponto de querer reler tudo e acho que, se tivesse feito, eu teria perdido a relutância com a protagonista.
Ryan fez com que eu me identificasse com ela. A relação deles fez Mac parecer real pra mim, porque era quando ela estava com ele que sua guarda ia abaixo. E eu via quem ela era. Que ela me tocava, me alcançava. Nos outros momentos, parecia uma recriação da irmã. E mesmo encarando como a maneira que Mac encontrou para se manter estável, não destaco como positivo.

Girando em torno da vida de uma adolescente não só recém-chegada na cidade, como também um mergulho na vida de quem acabou de perder a irmã gêmea e precisa gerenciar essa nova fase sozinha, alguns pontos não conversaram comigo, ainda que entendendo a relevância para a Mac.

"I felt her everywhere.
Sitting next to me.
Standing with me.
Walking beside me.
She was me, but I wasn't her anymore." ... "I was there. I was in their house, and I struggled every day to say something.
My parents weren't evil. They didn't mean to forget about me because they didn't love me, but I fully believed they didn't want to see me.
The saw her when they saw me.
So, I stayed away. Hell, I didn't even enjoy looking in the mirror myself.
My eyes were hers. My hair. My body. I'd lost weight, losing the healthy weight I held with those Cheetos. The more I dreamed about her, the more she talked to me, the more she haunted me - I was becoming Willow.
If I took her place, would they mourn Mackenzie? Maybe that would be easier for them."


O epílogo mudou tudo.
Eu tinha uma teoria louca sobre a resolução, consegui ser surpreendida, porém não chocada. Você entende o que a autora quis passar e que os indícios estavam lá o tempo todo e ninguém percebeu. Nem você.
Compreendi que Mackenzie fez o que pode não só para superar a morte da irmã, mas também pra garantir a própria sobrevivência.

Às vezes, monstros habitam dentro da gente. Às vezes, eles são impostos pelo meio em que vivemos. Às vezes poderia ser evitado. Às vezes um tranco era necessário pra que as pessoas se transformem.



Ryan's Bed é sobre isso. É sobre perda, mas também sobre ação e reação, não deve ser visto como uma lição, mas tem intenção clara de te fazer pensar, é sobre força e reconstrução, é sobre se agarrar ao que te faz bem e não sucumbir ao que pode parecer mais fácil.

4 ⭐ 

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